> CHAMALOTES Coletivo OpiópticA
Neste trabalho as imagens são distribuídas em uma estrutura organizada a partir de materiais reciclados, onde as ilusões ópticas tridimensionais e psicodélicas são projetadas envolvendo o espectador nesta fantasia de reconstrução do espaço real em virtual.
A obra foi concebida pelo Coletivo opiopticA, dos artistas ALexandre Venera e Juliana Teodoro, que foram pioneiros nas investigações e projeções mapeadas interativas ainda em 2004, antes mesmo do conceito mapping ser utilizado e adotado no Brasil. Roseli Hoffmann Schmitt, crítica da AICA e DPV (Associação Internacional de Críticos de Arte e Associação de Jornalistas da Alemanha) registrou que quando a dupla apresentou suas projeções em 2006, meses após houve uma exposição no MOMA (NY) com a mesma proposta.
Em CHAMALOTES, as projeções mapeadas podem ser visualizadas de qualquer ângulo, proporcionando ao observador uma sensação espacial tridimensional que é ampliada através da interação, como se estivéssemos num jardim elétrico de girassóis noturnos e inodoros.
Como um “Work in progress” em 2015 a obra alcança outras possibilidades ao se transformar em cenário elétrico no clipe “De Sonhos” da banda blumenauense “Pororoca”. CHAMALOTES também provoca o deslocamento do olhar tridimensional para o objeto artístico, ao ocupar espaços públicos e abertos para rediscutir os modelos canônicos e estáticos que ainda vem sendo impostos à arte pelos sistemas tradicionais. Pode-se dizer que há uma reconstrução do espaço real existente através da adição de espaço virtual. Com esta técnica os artistas criaram dimensões extra, ilusões ópticas e possibilitaram movimentos em objetos estáticos.